Quase 20 anos após o último planejamento de transportes realizado no País, foi apresentado nesta terça-feira (28) o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT). Ainda em versão preliminar, o plano foi elaborado pelo Ministério dos Transportes, em conjunto com o Ministério da Defesa, por intermédio do Centro de Excelência em Engenharia de Transportes (Centran).
A matriz atual, segundo o relatório do PNLT, "se traduz em desvantagens comparativas em termos de competitividade internacional dos produtos de exportação". Cálculos citados no plano indicam que o transporte representa 32% dos custos logísticos dos produtores - mais do que itens como a armazenagem, estoques e trâmites legais sendo que há um gasto desnecessário de pelo menos US$ 2,5 bilhões por ano.
Uma opção para minimizar este prejuízo, segundo o PNLT, é uma maior participação dos transportes hidroviários e ferroviários. Eles são, respectivamente, 62% e 37% mais baratos que os rodoviários tornando assim opções para diminuir os custos dos produtores.
De acordo com o Ministério dos Transportes, a participação do modal rodoviário deverá cair dos atuais 58% para 33%. A ênfase seria dada aos modais ferroviário (passando de 25% para 32%) e o hidroviário, cuja participação evoluiria de 13 para 29%. Marcelo Perrupato, coordenador geral do plano, afirma que “são necessários nos próximos 20 anos investimentos de aproximadamente R$ 174 bilhões".
Para viabilizar essa mudança na matriz de transportes brasileira, o Plano lista uma série de projetos estruturadores a serem executados a partir de quatro diretrizes: aumento da eficiência produtiva em áreas consolidadas; indução ao desenvolvimento de áreas de expansão de fronteira agrícola e Mineral; redução de desigualdades regionais em áreas deprimidas e integração regional sul-americana.
O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fuad Noman considera importante o PNTL, uma vez que o plano aponta a evolução dos investimentos necessários e a necessidade de se investir nos modais ferroviários, hidroviários e aeroviários. “O PNLT é um estudo profundo e abrangente, que indica os caminhos que o Governo Federal pretende adotar no Brasil e em Minas Gerais”.
Para o secretário é importante a participação de Minas na avaliação do plano, uma vez que o Estado é um dos que mais investem no setor no país, além de possuir uma localização estratégica em termos de logística. Hoje, Minas tem como meta asfaltar 5.600 quilômetros de rodovias, por meio do Programa Estadual de Pavimentação de Acessos Rodoviários (ProAcesso) e uma das reivindicações do Estado é a participação do governo federal no programa e no trabalho de recuperação das rodovias federais que cortam Minas.
PELT
Durante a solenidade foi apresentado pelo assessor especial da Secretaria de Estado de Transportes e Obras, Ramon Victor César, o Plano Estratégico de Logística de Transportes de Minas Gerais (Pelt – MG), que é um estudo da política de transportes do Estado para os próximos 20 anos.
O Pelt- MG aponta para necessidade da realização de 45 obras no modal rodoviário, cinco intervenções no modal ferroviário, três voltadas para o modal dutoviário e mais três no modal hidroviário. “As intervenções procuram melhorar a rede de transportes visando à integração territorial e a reestruturação das cadeias logísticas de Minas”, garantiu.
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas
3239-0881/3239-0882/3239-0883